28 de outubro de 2010

NOTICIA - ' "Falar de política parecia falar de palavrão", lembra @MarcoLuque, do CQC '


Marco Luque durante entrevista nos bastidores do show "Tamo Junto", no teatro Frei Caneca, em São Paulo (20/10/2010).

O ator, humorista e apresentador Marco Luque recebeu o UOL para uma entrevista nos bastidores do show "Tamo Junto", em cartaz no teatro Frei Caneca, em São Paulo. Bastante descontraído, Luque falou sobre como se tornou ator, como lida com o assédio de fãs e afirma que nunca abandonaria o teatro "para se tornar um escravo da TV". Aos 36 anos, o apresentador lembra que "quando eu era adolescente, falar de política parecia falar de palavrão" e elogia o papel crítico do "CQC" (Band): "A TV estava carente de um programa assim"

UOL - Fale um pouco da sua carreira. Você já foi jogador de futebol...
Marco Luque - Sim, eu era jogador de futebol na Espanha. Mas, quando pequeno, já fazia teatro. Acontece que sempre me dei bem em esportes e, como meu pai trabalhava com isso... fui para a Espanha e fiquei lá um ano. Mas tive de decidir se terminava os estudos. Então, voltei para o Brasil, parei minha carreira no futebol e terminei minha faculdade de artes plásticas. Comecei a trabalhar como garçom, instrutor de acampamento e virei palhaço. Conheci uns atores, fundamos um grupo e comecei a atuar.

UOL - Como você começou a fazer 'stand up'? Que personagem é o seu favorito?
Marco Luque - Eu estava na "Terça Insana" e depois comecei no stand up. Fiquei curioso por causa dos meninos que já têm experiência no projeto, tipo o Oscar Filho, o Rafinha Bastos e o Danilo Gentili. Mas eu queria fazer algo novo e foi aí que experimentei. Dos personagens, eu gosto muito do Silas, gosto do Jackson... de todos!


O ator, apresentador e humorista Marco Luque nos bastidores do show "Tamo Junto", em cartaz no teatro Frei Caneca, em São Paulo (20/10/2010).

UOL - Em uma enquete do UOL sobre qual humorista da TV brasileira era o mais bonito, você ficou em segundo lugar (o vencedor foi o Bento Ribeiro). O que você achou do resultado?
Marco Luque - (Risos) Pô, eu acho que o Bento Ribeiro é um gato... mereceu! (Risos) Sabe, as pessoas confundem beleza com simpatia. As pessoas podem te achar bonito, mas gostam mais se você é legal e simpático. Teve uma revista também que já me colocou entre os 25 mais sexy.

UOL - Como você lida com o assédio? Já ficou com alguma fã?
Marco Luque - Normalmente, quando a fã é aquela mais escandalosa, é mais nova... E, para mim, não dá. Gosto de mulher mais madura. Não sou igual ao Gentili que pega só as 'pivetas' (risos), mas não tenho nada contra. Se fosse solteiro e aparecesse uma fã que fosse interessante, é claro que ficaria. Uma vez, uma menina disse que tatuou as iniciais do meu nome. E ela falou: "O que você acha?" . E eu disse: "Eu acho que você é louca!" (Risos).

UOL - E o "CQC"? São sete homens trabalhando juntos e apenas uma menina. Como é a relação entre vocês?
Marco Luque - Muito homem junto. Bom, dá uma quebra assim, porque o Rafa Cortez está lá, então você não pode dizer que é tanto homem assim junto. (Risos) Mas foi bom a Mônica ter entrado. Porque alguém tem que ter mais capacidade de cuidar dos nossos ternos, fazer nosso café... (Risos). É zueira, viu?!

UOL - Já houve briga no "CQC"?
Marco Luque - Comigo aconteceu só uma vez, quando tinha uma piada no roteiro que eu queria fazer. Mas o Tas e o Rafinha não seguiram o roteiro e eu acabei não falando. Fiquei chateado, queria ter feito a piada. Os estresses que tem ali são de momento, por que o Tas tem um ponto no ouvido e o diretor fica o tempo inteiro mandando tocar o programa e, às vezes, eu e o Rafinha damos umas viajadas. E o Tas tem autoridade para chamar a nossa atenção, fazer a gente retomar o foco. Isso faz parte do programa.

UOL - Com quem você tem mais afinidade no "CQC"?
Marco Luque - Com o Felipe [Andreoli]. A gente se identificou mais. De todos ali [no programa], ele é o cara que eu faço mais coisas fora do trabalho. O Tas também.

UOL - E "O Formigueiro"? Teve muita crítica na estreia, mas já está há três meses no ar...
Marco Luque - Bom, teve muita crítica e isso é normal. Tem muito crítico que acha que o caminho é falar mal por falar. Talvez seja uma estratégia meter o pau sem fundamento para aparecer. Mas, eu li muitas críticas legais, construtivas, que serviram para ver o que precisava melhorar. O programa precisou ser adaptado para o Brasil... A audiência aumentou, mas eu não me preocupo com isso.

UOL - Você diz que audiência não te preocupa, mas não existe pressão por parte da emissora?
Marco Luque - Não, isso não existe. É claro que eu gostaria de ter mais (audiência), por causa também do patrocínio. (Risos) O programa não é o "meu programa", é um programa que existe e eu fui convidado para apresentar. Eu tenho essa liberdade de fazer do jeito que acho melhor, a Band é muito legal por causa disso. Ela deixa a gente dar uma pirada!

UOL - E como você faz para conciliar dois programas, shows, vida de casado?
Marco Luque - Ah, eu não durmo, não transo, não como... (Risos). Falando sério, hoje em dia eu sou muito mais regrado e disciplinado, aprendi a cuidar melhor do meu tempo. Fazer dois programas é super puxado e "O Formigueiro" exige bastante. Você tem que estudar o convidado, fazer ensaio, cuidar da elaboração do roteiro. Eu gostaria de alcançar o desprendimento e o "à vontade" que eu fico no teatro para fazer na TV, mas é difícil. Acho que serão necessários mais alguns anos.


Marco Luque durante apresentação no show "Tamo Junto" em São Paulo (20/10/2010).

UOL - Você deixaria o teatro para se dedicar apenas à TV?
Marco Luque - Não. Não vou virar escravo da TV. Para mim o palco é fundamental, foi ele que me levou à TV, e não o contrário. O teatro é a minha base. O contato com a plateia, com as pessoas, isso para mim é muito importante. É um retorno imediato, uma troca de energia incrível. Quero fazer teatro para sempre, ficar igual o Paulo Autran, até velhinho no teatro.

UOL - O que você acha que tem de melhor na TV brasileira hoje?
Marco Luque - Olha, eu não sei se estaria puxando o saco, mas sinceramente, o "CQC" é foda. Ele veio muito legal, muito forte em uma época em que a TV estava carente de um programa assim. Acho muito importante esse trabalho que o "CQC" faz. Essa galerinha nova não tem ideia do quanto a informação que estamos passando é importante para eles e para o nosso país. É muito bom que o adolescente se interesse por política. A gente não usa ficção, a gente faz piadinha, mas as piadinhas são muito pequenas perto do que a gente tem a dizer em relação à política. A gente não finge, a gente vai direto nos caras, vai no Maluf, vai no Sarney perguntar por que eles roubam e ainda assim eles se acham o Tony Ramos. Antigamente, quando eu era adolescente, falar de política parecia falar de palavrão. Nem falava, sabe?




Fonte: UOL

CQC tem mais leitores no Twitter que 10 maiores jornais do Brasil juntos


Os integrantes do programa CQC, da TV Bandeirantes, possuem mais seguidores no Twitter que os 10 maiores jornais do Brasil juntos, batendo a marca de 6 milhões. Até mesmo um perfil falso da atração, possui 422.647 seguidores no microblog. Juntos, os jornais de maior circulação do Brasil possuem 350.419 leitores no Twitter e somam mais de 2 milhões de exemplares de circulação diária, de acordo com dados da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Rafinha Bastos possui 1.459.117 seguidores, Marco Luque 1.270.739, Danilo Gentili 1.232.602, Marcelo Tas 1.007.551, Oscar Filho 655.299, Rafael Cortez 637.567, Felipe Andreoli 550.890 e Monica Iozzi 212.544. Já o perfil oficial do programa, que foi criado na última semana, ao lado do novo site, conta com 785 seguidores.

Para Marcelo Tas, o resultado se deve ao fato de, no início, os jornais terem encarado o Twitter com certo preconceito. “Os jornais começaram a olhar o Twitter com um certo preconceito, que só era usado para postar coisas fúteis, e perderam um tempo precioso”, diz.

De acordo com o apresentador, os jornais ainda têm dificuldade em dialogar e receber críticas diretas dos leitores. “O Twitter é uma ferramenta de transparência, é um telhado de vidro, pra você falar e ser criticado. Os veículos estão em desvantagem porque, de certa forma, sempre controlaram as críticas contra eles, mas tudo isso é coisa que se aprende, se aperfeiçoa”.

Com a repercussão do programa na internet, este mês a direção do CQC decidiu estender a atração por 30 minutos exclusivos para a web, com chat com os apresentadores e vídeos dos bastidores do programa.




Fonte: Comunique-se

25 de outubro de 2010

CQC 119


Ilustra: Enders

CQC 118

Band, 22h15

Para ir ao estúdio: registre-se no site oficial CQC

Entre outras:

CORINTHIANS x PALMEIRAS

CORRIDA PRESIDENCIAL

MOSTRA DE CINEMA DE SP

MUSAS: FERNANDA LIMA E FANTIN

JANTANDO COM ZEZÉ DI CAMARGO

CINEMA EM CANELA

PROTESTE JÁ: BURACO

O POVO QUER SABER: JOSÉ PADILHA

TOP 5

CQTESTE: ARLINDO CRUZ

PS: Este roteiro é apenas um guia. Pode sofrer alterações, amputações e inversões até a hora e, principalmente, durante a transmissão do programa, que é ao vivo!

Feliz niver Rafael Cortez !

Hoje é dia de festa ..

Pra você Cortez que hoje seja um dia lindo , pq hoje é seu dia seje feliz ! parabênssss


18 de outubro de 2010

Roteiro CQC 118


Ilustração: Camila França, 19, estudante de Biomedicina

CQC 118

Band, 22h15

Para ir ao estúdio: registre-se no site oficial CQC

Entre outras:

CORRIDA PRESIDENCIAL

COLETIVA DO RONALDO

FUTEBOL: SANTOS x SÃO PAULO

CONVENçÃO DO PV: PROPOSTA CQC PARA MARINA SILVA

SHOW DO GILBERTO GIL

PROTESTE JÁ: TREM

DOCUMENTO DA SEMANA: ABORTO

O POVO QUER SABER: PALMIRINHA

TOP 5

CQ TESTE: PARANGOLÉ

PS: Este roteiro é apenas um guia. Pode sofrer alterações, amputações e inversões até a hora e, principalmente, durante a transmissão do programa, que é ao vivo!

15 de outubro de 2010

CQC terá 9º Integrante em 2011


Produtora responsável pelo CQC, A Eyeworks-Cuatro Cabezas está à procura de um novo repórter para o humorístico da Band. O novo integrante, o nono da trupe liderada por Marcelo Tas, deverá estrear em março do ano que vem, no retorno das férias do programa.

Diferentemente de Monica Iozzi, o novo homem (ou mulher) de preto não será selecionado em um concurso aberto, como o realizado no ano passado. O nono elemento está sendo procurado a dedo, na base da indicação.

"Estamos querendo renovar, ter uma surpresa. Procuramos alguém formado, com conhecimentos e que tenha timing", diz Diego Barredo, diretor da Eyeworks-Cuatro Cabezas.

Segundo Barredo, além de uma boa base cultural e de ser muito bem informado, o nono CQC será alguém que fala várias línguas. Ele deverá ser mais repórter do que humorista. "Tem que ter humor, mas tem que ter conhecimento também", salienta.

O processo está apenas começando. (Fonte Daniel Kastr)

A notícia mais legal é que não sairá nenhum integrante do CQC. >.<


"Os requisitos para ser o 9º Elemento: boa base cultural, ser muito bem informado, falar várias línguas, ser bem humorado. Se tiver um Q.I (Quem Indica) sai com grande vantagem na disputa pela vaga. "

Diante destas 'especificações' começamos a nos perguntar: será que o novo repórter do CQC poderá ser alguém já conhecido na telinha?? Seria bem fácil de acontecer diante dos requisitos exigidos pelo Barredo.
E ai o que vocês acham? Deixem nos comentários seus palpites de quem poderia integrar o elenco do CQC com base nos requisitos exigido para o cargo.

Poderá também gostar de:
CQC ganha novos anunciantes para 2010 Marcelo Tas comemora o sucesso à frente do terceiro ano do ... 8º Elemento: Começa a seleção LinkWithin

Fonte:CQCblog

12 de outubro de 2010

11 de outubro de 2010

CQC 117

CQC 117

Band, 22h15

Para ir ao estúdio: registre-se no site oficial CQC





Entre outras:

FUTEBOL: FLU x CRUZEIRO

DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS NA BAND

MARINA SILVA

10 ANOS DA REVISTA QUEM

TROPA DE ELITE 2

PROTESTE JÁ: CASOS ANTERIORES RESOLVIDOS E NÃO RESOLVIDOS

FESTIVAL SWU

O POVO QUER SABER: PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO

TOP 5

CQ TESTE: PARANGOLÉ

ONDE ANDA TIRIRICA?





PS: Este roteiro é apenas um guia. Pode sofrer alterações, amputações e inversões até a hora e, principalmente, durante a transmissão do programa, que é ao vivo!

8 de outubro de 2010

Rafinha Bastos posa como ´funileiro e atriz`





Rafinha Bastos participa da campanha publicitária da revista Info mas, para posar, fez uma única exigência: a legenda “funileiro e atriz” logo abaixo de sua foto.

O apresentador, que não perde a pose e muito menos a piada, fez as imagens junto de outras personalidades, como o apresentador Cazé Peçanha, a VJ MariMoon, a chef do restaurante Maní, Helena Rizzo, e a empresaria Mariangela Bordon.

O fotógrafo Márcio Scavone é o responsável pelas belas fotos e o cachês dos artistas serão revertidos em computadores para a ONG CDI – Comitê para Democratização da Informática.

Fonte: Site Oficial do CQC/eBand

7 de outubro de 2010

Record quer tirar o programa "CQC" da Band

A briga entre as emissoras brasileiras está cada vez mais forte, e isso se deve principalmente ao fato da Record sempre tirar profissionais de outras emissoras. No ano passado, a emissora tirou o Gugu do SBT e revoltou Silvio Santos, fazendo com que ele contra-atacasse e tirasse Eliana e Roberto Justos de lá.

Dessa vez a briga é com a Band, a qual perdeu o apresentador Marcelo Rezende para a Record. Nada satisfeita com isso, a Band contratou Luciano Faccioli que era um grande destaque do “SP No Ar”. Mas agora a emissora do Bispo Macedo quer ir mais longe e pretende tirar o humorístico de grande sucesso da Band, “CQC”. Já há conversas entre os produtores e isso pode acontecer de uma hora para outra.

O negócio vai pegar fogo!


Fonte:MundoCQC


CQConect: Se isso acontecer mesmo , vai ser uma trajedia pra todos nos ... pq certamente o elenco do programa mudará , e os meninos não terão a mesma liberdade e espressão q eles tem na Band ! á Record quer fazer isso pq eles não conseguiram alcançar a meta eles com o Legendários pura inveja . tenho medo q isso aconteça de verdade espero q a Band faça de tudo pro programa continuar na emissora !

5 de outubro de 2010



CQC marcou 5.3 de média, pico de 8.1 e 9% de share. ficando em 3 lugar ..

3x4: Oscar Filho


O integrante do CQC conta tudo sobre sua personalidade com muito humor

Nome: Oscar Francisco de Moraes Junior
Peso: Antes ou depois da pizza de chocolate?
Apelido: Kastinguera
Qual é sua maior qualidade? Matar sem deixar pistas
E seu maior defeito?
Meu nariz torto
Qual é a característica mais importante em uma mulher? Ela precisa ter seios e...
E em um homem? Ter pomo de adão
O que você mais aprecia em seus amigos? A paciência deles em nome da amizade!
Sua atividade favorita é: Dormir
Qual é sua ideia de felicidade? Um mar feito de sorvete
E o que seria a maior das tragédias? Se tivesse um sol muito forte nesse dia do mar de sorvete
Qual é sua viagem preferida? Gosto muito quando eu vou ao posto de gasolina. Eu viajo naquele cheiro!
Qual é sua cor favorita? Preguicinha da Risqué
Uma flor: A do Show de Calouros
Um animal: Ocapi
E seu prato favorito? Cupim ao molho madeira
Quais são seus autores preferidos? Zheng Yuanjie e Fani Pacheco
E seu cantor? R. R. Soares
Que superpoder gostaria de ter? O do Máskara, colocar a cueca na cabeça do inimigo sem tirar suas calças
O que você mais detesta? Pernilongo
Se pudesse viajar no tempo, para onde iria? Viajaria para o dia em que eu resolvi viajar no tempo, mas na velocidade da luz
Como você gostaria de morrer? Sodomizado, apedrejado e carbonizado num acidente aéreo dentro de um vulcão em erupção
Que defeito é mais fácil de perdoar? O que a pessoa te cumprimenta com uma nota de real dobradinha na palma da mão
Qual é o lema de sua vida? ''Vamos pegar o primeiro avião com destino à felicidade. E a felicidade... pra mim é você!''
Momento preferido do dia: À noite
No que pensa quando acorda? Sorvete
Uma mania: Ter déjà vus
Gasta muito com: Sorvete
Um sonho de consumo não realizado: Um carrinho de controle remoto
O primeiro beijo: Eu estava vagando pelo universo quando isso aconteceu
A primeira vez no sexo: Foi como se fosse a primeira vez
Uma vaidade: Escovar os dentes. Dei um grande salto da minha adolescência pra cá
Qual é seu maior pecado? Ter entrado sozinho no banheiro feminino aos 5 anos
O que é sagrado para você? Comer de graça
O que você faria com um prêmio de milhões de reais? Diria: ''Vocês devem ter se confundido''
Qual foi a maior tristeza de sua vida? Foi no velório e minha mãe me disse ''não'' quando perguntei se podia fechar os olhos da minha tia
Defina-se em uma palavra: Sorvete

Danilo Gentili fala sobre infância e carreira em entrevista

Pedro Dias, 12 anos, virou repórter da VEJA SÃO PAULO por um dia e conversou com o humorista do programa 'CQC', da Band







Formado em publicidade e nascido em Santo André, Danilo Gentili faz sucesso no 'CQC', programa da Rede Bandeirantes, ao abordar autoridades em tom de piada e contestação. Seu primeiro personagem ali foi o Repórter Inexperiente, cuja bisonhice irritava os entrevistados. Em seu apartamento na Bela Vista, ele recebeu um iniciante de verdade: o estudante Pedro Dias, de 12 anos, que fez as vezes de repórter de VEJA SÃO PAULO.

+ Confira o vídeo da entrevista com Danilo Genti

Pedro: Você apanhava muito quando era garoto?
Danilo: Apanhava. Do meu pai, na rua... Eu era folga

Pedro: E o que você acha da nova lei de agressão contra os menores?
Danilo: Agora o adulto não pode bater em criança, certo? O que o médico vai fazer quando o bebê nascer? Vai segurá-lo e dizer: “Chora que eu não posso mais bater em você”.


Pedro: Como é entrevistar políticos correndo o risco de apanhar com o Brasil inteiro assistindo?
Danilo: Tem lei para proteger você de apanhar, mas a mim a lei não protege. É o risco da profissão. Mas não acontece só comigo. Já vi fotógrafo tomar porrada. No tumulto, todo mundo apanha.

Pedro: Como você mantém a compostura diante do cinismo e da cara de pau dos entrevistados? Não dá vontade de voar na jugular deles?
Danilo: Dá. E às vezes eu voo, mas o programa é editado e pareço civilizado. Não tenho compostura nenhuma

Pedro: Você ia bem na escola?
Danilo: De nota até que eu ia. De comportamento, não.

Pedro: O que você fazia antes do ‘Custe o que Custar’? Já era repórter?
Danilo: Fiz de tudo. Carreguei caixa em shopping, trabalhei em gráfica... Mas não me considero repórter. Isso é ofender quem estuda jornalismo. Sou humorista, uma profissão para a qual não precisa estudar nada. É igual a ser presidente.

Pedro: Você é piadista desde criança ou evoluiu no CQC?
Danilo: Lá eu regredi. Eu era o engraçadinho da escola, fazia piadinha e ninguém ria. Mas eu insistia.

Pedro: O que você faz quando uma piada sai errado?
Danilo: Xi... Isso acontece de monte. Eu vou para a próxima. Na televisão, vai para o ar a piada que dá certo. A não ser que o editor queira me sacanear, o que ocorre bastante.

Pedro: As piadas que saem na bancada do CQC são ensaiadas?
Danilo: São roteirizadas. Os responsáveis por aquilo são dois blogueiros que viraram roteiristas (Alex Baldin e Marco Aurélio Góis dos Santos). Às vezes, o Rafinha (Bastos) e o (Marco) Luque soltam alguma de improviso, mas a maioria está ali. Trabalho fácil, né?



Pedro: O que você viu de mais bizarro na propaganda eleitoral?
Danilo: Tudo é bizarro. Mas penso que qualquer um tem o direito de se candidatar. Isso é democracia. O que não acho democrático é ser obrigado a votar.

Pedro: Queria ficar em casa, né?
Danilo: É. Rindo deles na televisão. Não tenho vontade de votar.

Pedro: É por isso que este país não vai para a frente.
Danilo: Foi você que bolou as perguntas?

Pedro: A maioria foi. Também pedi ajuda a um amigo.
Danilo: Você quer ser repórter?

Pedro: Eu não. E acabar como você?
Danilo: É, não faz isso. O que você quer ser então?

Pedro: Eu estava pensando em ser arqueólogo.
Danilo: Por causa do Indiana Jones?

Pedro: Não, porque gosto de história. Acho interessante essas relíquias que são preservadas ao longo do tempo. Mas estudar para acabar professor em universidade?
Danilo: Ah, você tem de ir para fora. Eu já li que tem brasileira fazendo escavação no Egito...

Pedro: Isso é como ganhar na loteria. Não é sempre que você encontra um Macchu Picchu, por exemplo.
Danilo: Também não é sempre que um cara sai de Santo André e vira comediante. Não pode pensar assim. Tem de fazer o que gosta, cara.

Pedro: E você está gostando de mim como Repórter Inexperiente por um dia?
Danilo: Estou, mas você está mais experiente do que eu no começo.

3 de outubro de 2010

'Ousadia e personalidade de Monica Iozzi na cobertura das eleições'







Monica Iozzi completou um ano de CQC no último dia 28 de setembro. Nada melhor então do que comemorar. Para ela, a festa acontece nesse domingo, dia histórico, com as eleições. É nessa data que a repórter vai fechar seu trabalho focado no pleito, que começou há pouco mais de dois meses e tomou conta de praticamente todo o seu dia a dia, seja logo cedo, ao ler os jornais, no decorrer do período, procurando novidades, ou então atrás dos políticos para conseguir fazer suas melhores perguntas “e pegar no calo deles”, como a mesma diz.

Com um pouco de frio na barriga de ansiedade pela cobertura do CQC nas eleições, Monica conversou com exclusividade ao eBand e contou como foi essa experiência marcante.

Como será a cobertura do CQC neste domingo?
Muita gente pra cobrir e pouco repórter para o trabalho (risos). Vamos trabalhar das 7h até a hora que saírem os resultados. Estamos trabalhando para cobrir o máximo de pessoas possíveis, para tentar focar nos principais candidatos a presidente. A certeza mesmo é que vou falar com o Serra... (risos).

Fizeram você falar com o Serra de propósito ?
Não, foi escolhido. Quer dizer, não sei... (risos). Certeza que eu não pedi isso! Mas, sério, é que eu cobri mais as eleições, toda a campanha, principalmente dos presidenciáveis, e a maioria deles vota por aqui, em São Paulo, então acho que por isso fui escolhida.

Como foi a responsabilidade de ser uma das principais repórteres do CQC a cobrir as eleições?
Acho que foi algo natural, né? Eu já estava cobrindo política em Brasília, então era um caminho certo. Mas não teria como eu cuidar de tudo sozinha, aí os meninos também ajudaram, e muito. Essa é a segunda eleição que o CQC acompanha, a primeira para presidente, e eu ter ficado meio que responsável por essa área foi incrível, adorei, me senti super valorizada. Além do medo, né?

Você sentiu medo de quê exatamente? De falar com eles?
Medo de falar com eles não, porque mesmo quando o político não costuma ser muito receptivo, a gente consegue algo. CQC deixa a gente assim, cara de pau. Eu nunca tinha feito política, apesar de gostar muito, então meu medo era “será que estou sendo imparcial?”, minha grande preocupação era em fazer bem o trabalho. Isso é difícil porque alguns candidatos não querem falar, como por exemplo a Dilma, então Serra e Marina acabaram aparecendo mais, mesmo que o ideal é que falássemos igual com todos.

Como você se prepara para falar com eles?
Como estou há 2 meses atrás dessas pessoas, continuo lendo muito jornal, que sempre tem coisas novas, nos sites, em redes de relacionamentos, vejo o que as pessoas estão comentando. A ideia do CQC é dar uma pisadinha de calo em cada um, mesmo que o cara seja melhor que o outro em competência, honestidade... Se o cara é ruim, tem que ir lá, cobrar soluções. Agora, se é bom, também tem que ser cobrado. Tenho que estar por dentro da vida de todos, não tem pergunta genérica.

O que você poderia ter feito melhor e o que acertou na cobertura?
Sinto que faltou PT na nossa cobertura. Fizemos o máximo possível, mas as dificuldades eram imensas. Percebemos tarde que poderíamos cobrir todos os eventos do partido sem que falássemos com os candidatos. Enfim, acho que vamos ter que aprender melhor a lidar com a postura do PT. Quanto aos acertos, acho que foi bacana que não medimos as palavras. Sinto que existe um “bom mocismo” na imprensa, tudo muito polido. Tem coisas que não são faladas e elas precisam ser faladas! O CQC mostrou bem do seu jeito, de ser irreverente, provocador e fazer as perguntas. Às vezes eu pensava “será que faço essa pergunta?” e logo respondia, “claro que faço!”.

Por que você acha que o PT teve essa postura?
Não sei... o Lula sempre foi tão legal com o CQC. Sei lá, talvez seja o jeito da Dilma. Ela é mais fechada, não trata mal, mas fica na dela. O Serra foi um que mudou, mas ele já conhecia a gente, então acho que aprendeu um pouco a conviver com o nosso trabalho. Acho que a postura do PT é natural, eles estão na frente, ficam mais acuados. Na época que o Serra estava na frente, era a mesma coisa com o PSDB, conseguíamos falar pouco com ele também.

Você completou um ano de CQC no último dia 28 de setembro. Já é natural fazer esse trabalho todo, ainda mais nesse momento tão importante?
Hoje eu senti um frio na barriga. Os meninos falando sobre como é a cobertura das eleições, ter que achar os políticos nesse dia tão corrido, isso me assusta um pouco. Estou me preparando da melhor maneira possível, isso me ajuda a fazer perguntas de uma forma bem objetiva.

Como vai ser a cobertura em Brasília depois das eleições?
Esse ano não tenho ideia. É impressionante como a coisa para por lá. A maioria dos deputados querem se reeleger, ou estão trabalhando para eleger alguém. Se voltarmos é pra mostrar que não tem nada: “olha, viemos aqui para fazer uma matéria, mas não achamos ninguém, valeu!” (risos). Pelo que tenho conversado com o pessoal do programa, parece que continuo lá no ano que vem e o que me deixa empolgada é a carne fresca que vamos encontrar. A minha esperança é que esse povo novo tenha a cabeça um pouco mais aberta.

Para fechar, o que Monica Iozzi espera do novo presidente?
Olha, eu poderia falar pra você que espero melhoria na educação, na economia, saúde, mas isso a gente espera naturalmente de qualquer político. O que eu quero mesmo é transparência e acho que está faltando muito. Uma coisa que acho muito estranha é um candidato chegar e falar que construiu 1 milhão de casa. Aí chega o concorrente e fala que é mentira, que ele fez 1 milhão de casas. Ou seja, cada um fala o que quer, mas não prova nada. Isso é triste, porque aí escolhemos os candidatos pela nossa boa fé. Eu quero ler as informações nos jornais e ter certeza de que aquilo realmente foi feito e por quem. Enquanto não houver uma reforma eleitoral muito séria, as coisas vão ser sempre assim: gente fazendo campanha com lingerie, palhaço, cara que já foi condenado. Sinto que estamos largados, que não há um rumo, é uma grande bagunça. É por isso que torço, pela transparência.




Fonte: eBand