O humorista Marcelo Tas, apresentador do programa CQC, da Band, diz que a comédia vive de apontar a fragilidade humana. "É assim, de Chaplin a Tiririca", ensina. Ele diz que não faria a piada com autistas, mas reclama do patrulhamento: "O humorista é um agente de saúde, no sentido de nos lembrar que somos precários, imperfeitos. Mas as pessoas querem viver em um mundo sem imperfeição".
Folha - Tudo pode ser tratado com humor?
Marcelo Tas - Tudo. No CQC, costumamos dizer que o Marco Luque é especial. Quando isso acontece, ele fala: "Eu sou especial", como se tivesse um retardo mental. Recebemos e-mails de pais reclamando de preconceito, mas não é a única possibilidade de resposta.
Qual é a outra?
A outra é a da Sylvia Pires, uma fã que costuma comparecer à gravação do programa. Ela quase cai da cadeira de rodas, de tanto rir, quando o Luque faz essa piada. Algumas pessoas se sentem incluídas ao serem tratadas assim.
Homossexualidade também pode render piadas?
Pode. O Rafael Cortez sempre brinca com isso. E semanas atrás, dei um depoimento sobre o orgulho que tenho da minha filha homossexual. Sabe o que aconteceu? Recebi e-mails de movimentos gays me acusando de promoção às custas dela. Para mim, não há diferença entre um nazista e um homossexual que me ataca dessa forma. Ambos acham que a verdade sobre o assunto pertence apenas a eles.
A que você atribui o crescimento dessa fiscalização?
Às pessoas que querem se blindar da imperfeição, como quem lida com a injustiça social blindando o próprio carro. Isso é viver dentro de uma camisinha que te protege da realidade. E o problema é que, quando a realidade se impõe, as pessoas não sabem lidar com ela.
fonte:CQCinlove
Obs: O nome da menina que Tas cita na materia é da fofa e querida Silvia Pires ela e do blog CQC IN LOVE ...
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