18 de março de 2010

Danilo Gentili diz “Em todo show que faço acontece uma coisa que não estava esperando:





Na verdade, a única coisa que eu descobri até hoje é que não sei por que as pessoas riem do que digo”. Você acredita que essa frase é de um humorista? Pois é! Danilo Gentili, o jovem repórter inexperiente do programa CQC da Band, vai falar coisas que talvez ele não ache engraçado, mas que com certeza o público vai dar boas gargalhadas em três apresentações nesse final de semana, no Teatro Regina Vogue. “Em todo show que faço acontece uma coisa que não estava esperando: as pessoas dão risada das minhas piadas”.

Modéstia a parte, Gentili sobe ao palco com o estilo stand up comedy abordando as pequenas coisas do dia a dia que, segundo ele, são os melhores temas. E ele ainda revela qual é a maior dificuldade desse novo formato de comédia. “Dizem que stand-up é o gênero mais difícil de dominar porque não existem recursos extras. Não se copia piadas, não usa fantasias, não usa cenário. É só você. Então, no stand-up ou você é engraçado ou você não é. Se ninguém rir precisa assumir que não é o seu personagem que não teve graça. Precisa admitir que você é sem graça”, conta o humorista.

E se situações do cotidiano são um prato cheio para que o humor arranque risadas do público, questionamentos inteligentes de situações trágicas não podem faltar. “O Tom persegue o Jerry pra bater nele com um martelo. O Sr. Madruga toma um tapa da D. Florinda por algo que não fez, todos os dias. Isso não é trágico? Todos adoram. Todo humor bom, que você morre de rir, é constituído de coisas trágicas. Antigamente enchiam os coliseus pra verem os romanos se digladiarem. Hoje enchem os teatros pra ver o comediante se auto digladiar. O ser humano vê graça na tragédia. O humor é o abrigo que alivia o ser humano da sua própria crueldade e estupidez”, resume Gentili.

Para se apresentar no palco, o humorista faz apenas anotações de comediantes que admira. “Eu tenho admiração por muitos comediantes, mas não procuro guardar referência de nada porque temo que isso tire a espontaneidade da minha criação”. Aliás, ele dispensa contracenar com outros comediantes e, no bom humor que lhe é peculiar, admite: “prefiro contracenar com a Eva Mendes, principalmente se for cena de sexo”.

Sobre Curitiba, elogios para o Festival, para Diogo Portugal, Marco Zenni e para o público. Danilo Gentili participou do Risorama em 2007 e 2008, maior festival humorístico da América Latina, que acontece todos os anos durante o Festival de Teatro de Curitiba. “Curitiba é uma cidade que mora no meu coração. Diogo Portugal foi um cara importante demais pra mim quando comecei. O Marco Zenni também foi um cara que me levou pra fazer show em teatro aí, quando eu tava no início. A platéia de Curitiba me recebeu com carinho sempre. É uma cidade e um povo que nutro ótimas lembranças e grande carinho. Por isso sempre que vou aí procuro dar o meu melhor. O Risorama foi reflexo disso tudo”, revela.

E para finalizar, um recado para as lindas mulheres que moram na capital paranaense. “Espero dar ao público momentos agradáveis. E se alguma curitibana quiser, depois, eu juro que adoraria jantar com elas”. Alguém aí se candidata?

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